4 Hábitos Para Mudar o Mundo

Para inaugurar o nosso blog, não há nada mais lógico do que contar um pouco sobre a razão da nossa existência. Falar um pouco daquilo que nos move.

A 4H nasceu de uma percepção da minha primeira infância, na cidade de São Paulo. Naquela época, a vida era segura e saudável por lá. Morava perto do Parque, perto do clube, perto da escola. E nas minhas memórias, todos esses trajetos eram feitos a pé, acompanhada pelos meus pais ou avós. 

Parque do Ibirapuera em 1970 | Cidade de são paulo, São paulo, Fotos antigas
Imagem aérea Parque Ibirapuera, SP – 1972

E nesse trajeto eu via árvores, pássaros, borboletas e espaço. Mesmo com as construções em volta, havia lugar para que todos vivessem em harmonia.  Essas experiências, anos mais tarde, já morando em Brasília, me levaram à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo.

Olhando para trás e vendo como a minha cidade amada havia sido transfigurada, eu precisava encontrar um caminho que não levasse outras cidades à este mesmo fim! Mais ainda, um caminho para que um dia eu pudesse fazer algo pela cidade que eu nasci.

Todos os meus estudos sempre convergiram nesta direção. Já em 1995, defendia sistemas descentralizados, colaborativos  e retroalimentados – um conceito que está sendo trazido à tona pela visão da Fluxonomia 4D.

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saiba mais em https://medium.com/fluxonomia4d/fluxonomia-4d-as-quatro-economias-de-futuro-fecfd31de28f#:~:text=FLUXONOMIA%204D%3A%20AS%20QUATRO%20ECONOMIAS,Lala%20Deheinzelin%20%7C%20Fluxonomia%204D%20%7C%20Medium

Foram anos de estudos paralelos à minha carreira tradicional de arquitetura, até que em 2018 o último elo que me amarrava ao “mais do mesmo” se rompeu. O Dado dos índices de reciclagem no Brasil e no mundo foram o gatilho que me tiraram definitivamente da indignação para a ação. 

Resíduos e regeneração de sistemas são 2 temas que estudo com mais profundidade desde 2006. A permacultura era uma prática muito distante das realidades urbanas e dificilmente poderia ganhar escala. Mais do que isso, seria caríssimo para ser aplicado em escala de uma forma que fosse aceita pelo mercado. 

Foto: Emanuelle Sena

Mas, nada como o aprofundamento do conhecimento para que novas possibilidades apareçam! Não estou falando só da tecnologia, que claro, nos permite dar saltos quânticos nos avanços que precisamos, mas nas descobertas em si, como os processos dinâmicos, sistemas agroflorestais, engenharia reversa e a Biomimética. 

Tudo isso me fez ver que é possível sim adotarmos estratégias regenerativas em todos os setores produtivos. E optei por começar pelo mais simples, que cabe a qualquer cidadão fazer a sua parte para que possamos iniciar a nossa jornada até 2050 (quando as emissões de Gases Efeito Estufa – GEE – devem ser nulas no planeta) com consistência e resultados exponenciais.

Esses são os motivos pelos quais a 4H começou pelos resíduos (além de ser a minha especialidade), responsáveis por pelo menos 5% das emissões diretas de GEE na atmosfera. Quando ampliamos a visão incluindo a economia circular e geração de energia, esses impactos se ampliam ainda mais. Mas o motivo principal é porque é mais simples. E sempre partimos do simples para o complexo em nossas estratégias. 

Photo taken with Focos

Nos próximos posts vocês conhecerão muitas pessoas que fazem parte dessa história.. Nossos sócios e colaboradores, parceiros de negócio, mentores, clientes, investidores, enfim! Verdadeiras fontes de inspiração e da energia que nos move!

Espero que você se apaixone pelo mundo e pela vida a cada contribuição, e descubra que há muita coisa boa a ser feita ainda! Que o nosso trabalho te traga felicidade, prosperidade e esperança!

Ana Maria Arsky é Arquiteta e Urbanista e Especialista em Reabilitação Urbana Sustentável pelo programa REABILITA da Universidade de Brasília

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